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Arquitetos: Yuji Yamazaki Architecture
- Ano: 2015
Descrição enviada pela equipe de projeto. MALE’ ATOLL (Kaafu Atoll), As Maldivas - O primeiro Resort de cinco estrelas das Maldivas que depende totalmente de energia solar está agora aberto aos hóspedes. As Maldivas tem um nível de solo médio mais baixo do mundo, o que faz com que ali estejam algumas das praias mais bonitas do planeta. Além disso, faz com que as Maldivas sejam extremamente sensíveis aos efeitos do aumento do nível do mar. A carga de redução global de CO2 recai de forma mais intensa em algumas poucas economias, mas alcançar a neutralidade de carbono nesta pequena ilha é uma fonte de inspiração para o desenvolvimento sustentável nos países maiores. Não pode haver um lugar melhor no mundo para mostrar o futuro dos centros turísticos sustentáveis no entorno tropical de luxo das Vilas Finolhu do Clube Med.
O resort abriu suas portas ao público com um festival de três dia de eventos especiais, começando com apresentações do presidente e conselheiro delegado do Clube Med, Henri Giscard d'Estang e da diretora geral do Clube Med no sudeste asiático e Pacífico, Heidi Kunkel. No discurso pronunciado na cerimônia, o proprietário, pioneiro do projeto "100% energia solar", e especialista em hospitalidade das Madivas, Champa Hussain Afeef, recordou como a ilha era "um simples banco de areia com coqueiros quando a vimos pela primeira vez" e disse que com esse projeto, "queríamos fazer algo diferente e sustentável. Acredito que as energias renováveis não são apenas o futuro do turismo, mas de todas as outras indústrias".
Projetado pelo escritório de arquitetura com sede em Nova York, Yuji Yamazaki Architetcture PLLC, em associação com o escritório local Design 2000 e o escritório de engenharia italiano T&D Water Technologies, a ilha turística acomodará cerca de 100 hóspedes por ano. Os hóspedes podem relaxar e desfrutar do sol equatorial, além de poderem entrar em contato com a produção da energia que serve à ilha. A ilha extende-se por cerca de cinco hectares, com um espaço interno de 11.500 m2. Determinou-se que 6.200 m2 de painéis solares, com uma bateria de armazenamento que gera, em média, 1 mega-watt em um dia ensolarado, é suficiente para servir a 100 convidados e 100 funcho vários ocupando o complexo em qualquer momento. Os painéis solares são visíveis para os hóspedes, para convida-los a integrar-se em todos os aspectos do desenho do complexo como um adorno arquitetônico. A inversão inicial no sistema solar (incluindo as baterias e o sistema de monitoramento) será amortecido em sete ou oito anos, ao eliminar a necessidade de importar combustível diesel. Se 200 pessoas ocuparem a ilha de 5 hectares chega-se a uma densidade similar à da população de Miami. Teoricamente, se Miami pode delegar apenas 12% de suas terras ou coberturas solares, a maior cidade no "Estado do Sol" poderia ser integralmente abastecida pelo Sol.
Ainda que o sistema solar gere um excedente de eletricidade, todos os quartos estão projetados para minimizar o consumo de energia. A típica vila de hóspedes está orientada com janelas que abrem-se estrategicamente, o que maximiza a ventilação do ar natural das Maldivas. Painéis de madeira foram utilizados para sombrear as duas fachadas de cada vila cortando diretamente o sol antes de chegar às paredes externas e do pátio, mantendo uma temperatura interna baixa. A maioria dos hóspedes normalmente não utiliza ar condicionado durante sua estadia apesar do clima quente e úmido.
Segundo Yuji Yamazaki, AIA, e arquiteto principal: "Todos os complexos nas Maldivas são acessados por barcos ou hidroaviões. É exclusivo deste condado que a primeira coisa que se vê a partir do oceano seja um edifício, o que da aos visitantes uma impressão da totalidade da arquitetura da ilha.". Yamazaki propôs que a forma dos edifícios fossem adaptadas à singularidade do local. Para as Villas Finolhu, YYA utilizou curvas suaves nas coberturas para gerar um sentido dos organismos que habitam o meio ambiente tropical. "Folhas de bananeira, caranguejos ermitões, as ondas do oceano, tartarugas marinhas - são os pontos de referência que os clientes me assinalaram depois de observar o local, mas a forma é realmente uma função da eficiência nesse caso", diz Yamazaki. O desenho dos arredores inspirou-se no que já havia ali antes. "É impossível recriar a natureza, mas fizemos nosso maior esforço. A ilha tinha belas praias, plantações litorâneas, coqueiros e bosques internos. Mantivemos esta estrutura básica e a paleta de plantas nativas, como Alface do mar, Pau-ferro, Palmeiras de coco, Hibiscos e Pandanus. Quando se tem em mãos um local tão bonito e único como esse, o desejo é de simplesmente conservá-lo. Esperamos que nossa nova paisagem se misture perfeitamente com o que havia antes. Em última instância, é isso que viemos aproveitar.".